O melhor dos mundos
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Sexo
Que força da natureza, daquelas que atuam nos humores do homem, pode ser tão intensa quanto o sexo? Que outro clamor tem tal intensidade a ponto de fazer você virar o pescoço em situações inapropriadas, aproximar-se de pessoas visivilmente desinteressadas ou provavelmente desinteressantes? Que maneira há melhor de demonstrar uma afeição profunda e/ou uma paixão arrebatadora? Que atividade na vida pode ser realizada com tal despreendimento de si próprio? Que ação realizada por um ser humano pode ser tão inebriante a ponto de apagar momentaneamente o cansaço, os temores, os preconceitos, as diferenças de opinião, as inseguranças? Que outro esporte dá tanta saúde e confiança? Que frustração há maior que a de não poder entregar-se a quem o coração já se entregou? Que razão ou motivação faria deixarmo-nos à mercê dos prazeres de outro? Que outra oportunidade é tão clara de ceder, ou abandonar os cavalos de batalha?
Embora tendamos a nos esquecer disso, porque aprendemos com nossa cultura que o sexo não pode associar-se ao sagrado, uma das dádivas maiores de nossa criação divina (que creio ter obedecido às não menos divinas leis da evolução da natureza) é termos mantido essa porção animal de satisfação, que ainda não encontrou paralelos possíveis na vida cultural - é o que Freud diria. Fomos feitos para refletir, atuar, transformar, evoluir. Mas não poderíamos fazer nada disso se também não fôssemos feitos para amar e fazer amor - ações separáveis e por vezes separadas, mas irmãs de nascimento eternamente .
Embora tendamos a nos esquecer disso, porque aprendemos com nossa cultura que o sexo não pode associar-se ao sagrado, uma das dádivas maiores de nossa criação divina (que creio ter obedecido às não menos divinas leis da evolução da natureza) é termos mantido essa porção animal de satisfação, que ainda não encontrou paralelos possíveis na vida cultural - é o que Freud diria. Fomos feitos para refletir, atuar, transformar, evoluir. Mas não poderíamos fazer nada disso se também não fôssemos feitos para amar e fazer amor - ações separáveis e por vezes separadas, mas irmãs de nascimento eternamente .
domingo, 30 de maio de 2010
Lar, doce lar
Acho que a sensação de olhar para sua casa/seu apartamento/seu quartinho/seu canto do mundo e poder dizer "aqui me sinto bem" é uma das que não têm paralelo em nossas vidas. "Aqui me sinto bem": isso pode ser dito em muitas circunstâncias, sobre a casa de amigos, de parentes, ou até mesmo o ambiente de trabalho, ou sobre a natureza, a selva, o deserto, o mar... Cada um sabe dentro de si qual é a sua verdadeira casa. O que vale é a sensação: se as palavras soam sinceras, reais, como uma constatação e não como uma tentativa de persuasão, então há um vislumbre de felicidade no pensamento. A verdade é que todos temos algum lugar, ou para onde iríamos, onde onde já estivemos. E esse lugar, por maior e mais cheio de detalhes que seja, cabe na memória afetiva e faz o coração bater mais forte cada vez que a mente o evoca. E podemos tocar suas paredes, ou respirar sua atmosfera, ou espalhar-nos em sua superfície quando o trazemos no íntimo.
Mas o que mais me surpreende - e essa talvez seja uma das sensações mais democraticamente bem divididas por Deus - é que, mesmo que esse lar escolhido esteja sempre presente no peito, somos capazes de descobri-lo ainda mais uma vez quando ele nos acolhe.
O mundo poderá viver um dia de paz quando todos se sentirem em casa. Quando sentirem que o mundo é sua casa, ou quando sentirem que o mundo tem guardada uma casa, nalgum canto indeterminado, que poderia defender-nos do mundo.
Mas o que mais me surpreende - e essa talvez seja uma das sensações mais democraticamente bem divididas por Deus - é que, mesmo que esse lar escolhido esteja sempre presente no peito, somos capazes de descobri-lo ainda mais uma vez quando ele nos acolhe.
O mundo poderá viver um dia de paz quando todos se sentirem em casa. Quando sentirem que o mundo é sua casa, ou quando sentirem que o mundo tem guardada uma casa, nalgum canto indeterminado, que poderia defender-nos do mundo.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Feliz Natal 2009 e Feliz Ano Novo 2010
Agradeço a todos que aqui estiveram e contribuíram para que meu mundo melhorasse um pouco mais.
Abraços.
Abraços.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Melhor
Todo o fim de ano nos brinda com a esperança positiva de que as coisas mudarão para melhor. Creio que seja este um momento propício para a gratidão. Vivemos mais um ano, superamos dificuldades, tivemos conquistas e perdas, erros e acertos. E estamos aí de novo, mais experientes, mais fortes, mais preparados.
Para todos nós, 2009 será, no mínimo, tão bom quanto os melhores prognósticos, e, no máximo, o primeiro e menos intenso dos melhores anos que viveremos.
Um abraço afetuoso. Feliz 2009.
Para todos nós, 2009 será, no mínimo, tão bom quanto os melhores prognósticos, e, no máximo, o primeiro e menos intenso dos melhores anos que viveremos.
Um abraço afetuoso. Feliz 2009.
sábado, 15 de novembro de 2008
Música
Não há nada produzido pelo homem que tenha tanto impacto sobre mim quanto a música. Se eu estou chateado, abatido, cansado, deprimido, solitário, fora de órbita ou simplesmente carente de beleza, coloco logo um Pet Sounds (Beach Boys) no computador, que é o disco mais lindo e inspirador que conheço. Se estou inquieto, agitado, necessitando de um estímulo para criar, tenho o perfeito In the court of Crimson King (King Crimson), um trabalho que considero irreparável. Se preciso de algo elevado, sublime, imponente, que me lembre dos potenciais mais admiráveis do espírito humano, vou de Johann Sebastian Bach, de quem tenho a obra completa. Beethoven é meu companheiro nos momentos intensos, de trabalho, de luta, de escrita. Acho que todo mundo tem seu artista, sua banda, sua coletânea inspiradora ou motivadora. Quando entro em contato com os meus preferidos, sempre penso se eles tinham noção da perenidade daquilo que estavam produzindo, e envio-lhes um agradecimento simbólico em forma de sorriso.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Água
Olha, às vezes ouço as pessoas falarem de tempos, países ou regiões em que não havia (ou não há) água quente e encanada. Isso me arrepia!
Como é bom tomar uma ducha quente! Como relaxa, como deixa a gente leve!
Com todo o respeito aos que se preocupam com o desperdício, mas: como é bom PROLONGAR uma ducha quente, sentir a água descer pelo corpo apenas pelo prazer de transferir calor, sentir enrugarem as mãos e os pés dentro de uma banheira, sentir a massagem da pressão da água nas costas.
E no meio de um relaxamento movido a água, pensar em coisas, pessoas, situações. Tocar o próprio corpo, cantar, largar-se, dançar, fechar os olhos, ensaboar-se, coçar-se.
O contato com a água é uma das coisas mais prazerosas da vida, e, graças a Deus, uma das mais acessíveis à maioria das pessoas. É uma das razões para voltar contente para casa depois de um dia de trabalho.
E uma das razões pelas quais devemos louvar as maravilhas da engenharia como grandes vitórias da humanidade.
Como é bom tomar uma ducha quente! Como relaxa, como deixa a gente leve!
Com todo o respeito aos que se preocupam com o desperdício, mas: como é bom PROLONGAR uma ducha quente, sentir a água descer pelo corpo apenas pelo prazer de transferir calor, sentir enrugarem as mãos e os pés dentro de uma banheira, sentir a massagem da pressão da água nas costas.
E no meio de um relaxamento movido a água, pensar em coisas, pessoas, situações. Tocar o próprio corpo, cantar, largar-se, dançar, fechar os olhos, ensaboar-se, coçar-se.
O contato com a água é uma das coisas mais prazerosas da vida, e, graças a Deus, uma das mais acessíveis à maioria das pessoas. É uma das razões para voltar contente para casa depois de um dia de trabalho.
E uma das razões pelas quais devemos louvar as maravilhas da engenharia como grandes vitórias da humanidade.
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